“O teste ergoespirométrico avalia o nível de aptidão física atual e o comportamento cardíaco frente ao esforço físico máximo do avaliado. A finalidade é detectar a capacidade atlética e possíveis alterações orgânicas que possam ser fatores limitantes ou de atenção ao praticante”, explica o Dr. Palhares.
O teste é importante para ajudar o corredor a traçar objetivos sem que eles comprometam a sua saúde. Ele fornece o consumo máximo de oxigênio (VO2máx), limiares aeróbio e anaeróbio, frequências cardíacas e gasto calórico correspondentes. Segundo o Dr. Palhares, esses dados são essenciais para aperfeiçoar o aproveitamento cardiovascular.
“Ele [teste ergoespirométrico] fornece dados importantes para periodizar o treinamento do corredor e, principalmente, identificar qual o sistema (metabólico, cardiovascular ou pulmonar) deve ter mais atenção por parte do treinador e, consequentemente, maior treinamento específico. Portanto, é essencial para otimizar o treino do atleta e definir a zona alvo para obtenção de objetivos traçados”, diz o médico.
Qualquer um pode (e deve) fazer o exame, desde o sedentário que quer começar a correr, até o atleta de alto rendimento. Ignorar a avaliação médica e sair correndo por contra própria pode causar sérios problemas para a saúde.
“Os riscos são os mesmos de realizar uma atividade sem uma avaliação prévia, que vão desde um desconforto e cansaço excessivo até a parada cardíaca e morte”, alerta o Dr. Palhares, sobre as consequências de não se fazer o teste.
A realização do exame deve ser feita com a presença de um médico treinado, material de emergência e equipamento adequado.